Assistindo ao filme também se aprende muito:
....Mas, outro dia, um amigo me levou a um lugar incrível: o
Augusteum. Otaviano Augusto o construiu para abrigar seus restos
mortais. Quando os bárbaros vieram eles o demoliram junto com todo o
resto. Como Augusto, o primeiro grande imperador de Roma, imaginaria que Roma e
que todo o mundo como ele o conhecia ficaria em ruínas? É um dos locais mais
sossegados e solitários de Roma. A cidade cresceu ao seu redor ao longo dos
séculos. O lugar é como uma ferida, um
coração partido ao qual você se apega pois a dor é boa. Todos queremos que as coisas permaneçam iguais. Aceitamos viver infelizes porque
temos medo da mudança, que as coisas acabem em ruínas. Aí, eu olhei
esse lugar, o caos que ele suportou, o modo como foi adaptado, queimado,
pilhado e depois encontrou uma
maneira de ser reconstruído, e me tranqüilizei. Talvez minha vida não tenha sido tão
caótica. O mundo que é, e a única armadilha real é nos apegarmos às coisas.
A ruína é uma dádiva. A ruína é o caminho que leva à transformação.
Freud:
“Se queres a paz, prepara-te para a guerra”. O humor
e a verdade são libertadores.
Lendo a Revista isto é: "Última palavra" ... Ana Paula Padrão
:Amor
e meditação
O
amor se apresenta em muitas formas. Inclusive para os que, como eu, sempre
tiveram medo dele
Não acredito e não confio.
É da minha natureza nunca abdicar do raciocínio e preservar emoções para
raríssimos momentos de relaxamento. Sou fraca. Freud explica: Como fica forte
uma pessoa quando está segura de ser amada! O amor não está no meu alicerce emocional.
Tudo que sei sobre ele fui aprendendo ao longo da vida. Conheci muitos que
amaram incondicionalmente. Eles conhecem o amor, têm com ele um grau invejável
de intimidade. Comigo sempre foi muito mais difícil.
Eu deveria acreditar em alguma coisa maior que nos guia na tarefa da entrega ao amor. Mas minha fé no ser humano é comedida. Reticente. O outro trai. O outro é fraco. O outro, como nós, resvalará na avareza e, ainda que por amor, será egoísta. É da natureza humana. E entregar nossas réstias de dignidade a quem, um dia, nos apunhalará pelas costas é para poucos........
Eu deveria acreditar em alguma coisa maior que nos guia na tarefa da entrega ao amor. Mas minha fé no ser humano é comedida. Reticente. O outro trai. O outro é fraco. O outro, como nós, resvalará na avareza e, ainda que por amor, será egoísta. É da natureza humana. E entregar nossas réstias de dignidade a quem, um dia, nos apunhalará pelas costas é para poucos........